quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Ignorância mata?



A Ignorância mata?

“Se me perguntar o que é a morte! Respondo-te: a verdadeira morte é a Ignorância. Quantos mortos entre os vivos!” (Pitágoras, 582 – 497, AC)

 “Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. Guardai-vos, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábio e inteligente”.(Dt-4:5,6).

Deus sempre desejou que o seu povo, fosse um povo que fizesse a diferença entre as demais nações da terra, em todos os sentidos. Um povo há possuir o Único  Deus verdadeiro, e uma lei justa e santa. Um povo rico e de sabedoria invejável. Refletindo sobre esta exortação de Moisés. Podemos concluir que, a subsistência deste povo, viria, pela sabedoria em cumprir fielmente os estatutos e juízos da lei do Senhor. Caso, contrario, seriam fatalmente destruídos da face da terra. Que certamente, e lamentavelmente foi o grande fracasso deles.

E foi por esta causa que o profeta Oséias, lamentou ver, o seu povo ser destruído. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Os-4:6) (Qualquer pessoa com pouca informação desta data, certamente irá pensar que faltava da parte dos governantes, investimento na área do ensino). Parece correto esta afirmativa; visto que em nosso tempo, não é diferente, pelo menos em nossa terra chamada Brasil. “Porém, seria este, o verdadeiro motivo para a falta de conhecimento daquele povo?”. Por certo que não. Pelo menos, não é deste conhecimento que estamos falando; mas, sim, de conhecer e praticar as leis de Deus; as quais eram constitucionais para nação de Israel. Descumpri-las, não só desmereciam as benções, como também quebravam a aliança com o Senhor. Vindo a seguir toda sorte de infortúnios e desgraças. Tais como: Guerras, enfermidades, fome e pestilências. E, principalmente a morte espiritual. (Os-4:1-5)

 O profeta Oséias viveu em um período em que a nação de Israel resistia à vontade de Deus, cometendo todo tipo de pecado, que o entristecia muito. Mas, o que mais desagradava o Senhor, era o descaso que eles faziam da sua palavra; preferindo as revelações provindas dos falsos profetas e adivinhos, rejeitando assim a palavra de Deus e o seu conhecimento. (Os-4:7-13)

A bíblia diz que, quando muda o sacerdote muda também a lei. (Hb-7:12 ).   A lei efetivamente foi mudada. Porém, a ignorância do povo, não. Temos comprovado em nossos dias, chamo “hoje”, que nada ou quase nada tem mudado desde os dias do profeta Oséias. Temos comprovado nos nossos dias mesmo estando em outra dispensação e gozando de melhores promessas; que em termos de conhecimento da verdade, pouco ou nada mudou; visto a ignorância Bíblica do nosso povo; diz alguns historiadores que, nunca houve um tempo com maior analfabetismo bíblico, como o nosso. Poucos conseguem responder com mansidão, a quem lhes perguntar a razão da vossa esperança. Como diz o apostolo Pedro em 1Pe-3:15. 

O apóstolo Paulo profetizou a Timóteo seu filho na fé, que chegaria tempo difíceis. “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega-a a palavra, insta que seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (2Tm-4:1-4)

Esta verdade está comprovada no comportamento dos evangélicos em nossos dias, diante da  rejeição aos cultos de estudo Bíblicos, e a preferência  aos cultos de campanhas de benção, avivamentos, shows gospel e outras novidades; visto que para isso, o nosso povo é bem criativo.  Mas, o que tem me chamado à tensão, não é simplesmente o desinteresse do crente pelo estudo das Escrituras. Mas, sim, a má qualidade destes ensinos. Tenho verificado a composição de algumas grades do ensino teológico ministradas pelos seminários, dentro ou fora das Igrejas; pude entender através delas, o porquê de tanto desinteresse do nosso povo.

(Amados, com todo respeito aos que é devido; porque certamente ainda existem homens idôneos e compromissados com Deus e sua palavra). Mas, é lamentável, o nível de qualidade dos nossos seminários chega ser tão ruim, quanto ruim é o nível do nosso ensino secular. Sei que a comparação pode ser meio esdrúxula, porem, tratando-se de estudo, ainda que o conteúdo seja diferente, quanto diferente são os objetivos. Disse o apostolo Paulo que a dedicação deve ser a mesma. (Rm-12:7 –Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo).



Infelizmente, não é o que temos visto por aí. O que temos visto e ouvido, tem nos preocupado, e muito. Porque não se resume apenas a um povo desinformado da verdade ou desinteressado dela. Mas, o pior é ver que as lideranças não discernem a verdade ou não tem interesse de trazê-la a conhecimento do povo. E por falta do conhecimento o povo perece, disse o profeta Oséias.

Outro agravante também tem paralelo com o tempo do profeta Oséias, disse o Senhor através dele: (Os-4:7 – Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha). Hoje o povo de confissão cristã evangélica tem tido um crescimento notável; mas, a “multiplicação” tem sido de baixa qualidade, a fé da maioria destes, está fora dos padrões Bíblicos desejados pelo Senhor.

Um povo que pouco lê, se lê mais não estuda, estuda, mais não medita. Portanto, nada, ou quase nada, podem discernir da verdade. Ou, seja, são incapazes de discernir corretamente o que diz as Escrituras. (Hb-5:11-14)
Também, isto não é novo, visto que os discípulos do Senhor Jesus, nos tempos apostólicos, também tinham esta dificuldade de entender os seus sermões, porque não tinha conhecimento das escrituras. Conforme - Mc-4:10-13–Mt-16:21-23 –Jo-14:1-11).
Exemplo disto é o relato dos discípulos no caminho de Emaús.
E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (Lc-24:25-27).


Testemunho: Certa feita estava eu conversando com uma irmã em Cristo, uma excelente profissional na área da advocacia trabalhista. Falávamos de muitas coisas, e principalmente, das causas do Senhor; quando de repente; ela fez algumas referencia da sua forma de crer. Dizendo: Lá em casa é assim: quando tem alguém doente, levo logo na igreja “Tal”, onde tem uma campanha de cura e libertação, o pastor faz a oração da fé,  e coloca um “salzinho ungido” na cabeça do doente, e logo fica curado. Mas, quando o assunto é problema com dinheiro ou amarração nos negócios, eu levo na campanha dos Trezentos e Dezoito. Coloco tudo no altar, e a vitória é certa. Mas, o que verdadeiramente me assustou, foi a ultima declaração feito por ela. Ela disse: O que eu acho mais engraçado é que os “espíritos - santinhos” são todos iguais, em todas as igrejas eles falam as mesmas coisas. (Mt-22:29).

Bem, tratando-se de fé, eu achei até razoável o seu proceder.  Visto que milagres podem ser realizados em quase todas as religiões que professam fé espiritualizada. E, é nesse sentido, é que os falsos profetas tem conseguido sucesso no meio deste povo ignorante espiritual. Pois, a ignorância espiritual, independe da formação cultural ou acadêmica de uma pessoa.


A razão da fé de uma pessoa tem que obrigatoriamente passar pelo âmbito do conhecimento. Sem levar em conta qualquer formação acadêmica ou teológica, temos notado que, a fé no âmbito evangélico é muito superficial independente do nível social e cultural de cada pessoa. Em termos Bíblicos, o que prova que uma pessoa é verdadeiramente Cristã, não é quanto ele pode crer, mas, sim, o quanto ele pode discernir de suas verdades. Seja no âmbito histórico, nos atos proféticos e nas questões didáticas; (Leis e Doutrinas), sendo capaz de discernir corretamente os seus significados, através de tipologias, símbolos e figuras de linguagens. 

Temos visto homens de Deus, bem-intencionados com a verdade, porém, cometendo erros graves na hermenêutica de textos; por não levarem em conta as figuras de linguagem inseridas neles. Porém, precisamos levar em conta, que o conhecimento de Deus não se resume em informação ou conhecimento acadêmico, seja ele Teológico ou filosófico; o conhecimento de vem per certo diretamente das Sagradas Escrituras, através do estudo racional, da  meditação devocional e principalmente pela iluminação do Espírito Santo a cada um que vier a se dedicar a Santa palavra. (Dt-29:29 -2Tm-3:16,17).

A voz do profeta Oséias continua ecoando em nossos ouvidos: O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Os-4:6)

Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 19/06/2014



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Bondade de Deus!!!






O Salmista do Salmo -136, em um hino de gratidão, faz uma grandiosa aclamação à bondade de Deus. “Daí graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre”.


O Salmista narra todos os grandes feitos do Senhor, desde a criação do universo até a libertação do seu povo do cativeiro do Egito. Sitando com detalhes, a forma miraculosa a qual o Senhor manifestou o seu poder através de sinais e prodígios, abrindo o mar vermelho e conduzindo o povo pelo deserto, levando-os a terra prometida, após destruir os reis da terra; dando-lhes a posse da terra que manava leite e mel.

Este Salmo contem Vinte e Seis versículos, e do primeiro ao derradeiro, podemos ouvir a uma só voz, uma só exclamação “Daí graças ao Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre”.

Porém, será que em todo tempo os salmistas tinham esta mesma visão da bondade de Deus?

Até quando Deus é Bom?

O livro de Salmos é o maior livro da Bíblia, ele é classificado como sendo um livro de textos poéticos; porém, em seus 150 capítulos, podemos encontrar, vários estilos de narrativas: Encontramos os cânticos, as orações, as exaltações ao Senhor Deus pelos seus grandes feitos, as profecias Messiânicas, momentos históricos de Israel, suas conquistas e seus fracassos. Mas, também, encontramos narrativas da vida pessoal dos próprios salmistas. Visto isto; podemos dizer, que, o livro de Salmos é por sua vez: Poético, Histórico, Profético e Biográfico.

Como biografia, quero destacar a vida do Salmista Asafe. Asafe era um grande salmista. Quando Salomão foi inaugurar o grande templo, dois grandes regentes foram convocados para reger o coral, um deles foi o salmista Asafe, que foi indicado pelo   rei Davi como ministros de louvor da casa do Senhor. (1Cr-6:31-40 -1Cr-15:17-19 -1Cr-16:5,7,37 – 2Cr-35:15). Ele liderou os louvores, juntamente com outros levitas, quando o grande Templo foi consagrado pelo rei Salomão. (2Cr-5:12). Porém, sua influência musical estendeu-se muito além do serviço do Templo, até o livro de cânticos dos judeus, onde permaneceu por todos os tempos. Seu nome é encontrado no titulo de doze salmos, para indicar que provavelmente são parte de uma cantata composta por ele, ou em memória dele. (Sl-50; Sl-73 a 83). Este salmista nos dias chamado hoje, neste evangelho Gospel em que vivemos, onde ser levita significa invariavelmente, ser um musico profissional. Certamente seria famoso, bem sucedido e muito rico.

Porém, quando lemos o Salmo -73, somos surpreendidos com uma narrativa, que com certeza, não foi feita por um homem de sucesso, mas, sim, por um homem que a despeito de ter uma vida de comunhão com Deus, e estando em pleno exercício da obra da casa do Senhor; teve um momento de fraqueza espiritual. E nesta fraqueza, desviou os olhos da presença do Senhor, e contemplou as riquezas indignas dos ímpios, e, as desejou para si. Exclamando! “Em verdade Deus é bom para Israel, para com aqueles de coração puro. Mas quanto a mim, meus pés por pouco tropeçaram; quase escorreguei. Pois invejei o arrogante, quando vi a prosperidade dos ímpios”.

Creio que Asafe estava vivenciando um momento de fraqueza muito comum aos seres humanos; a qual fez com que, ele, momentaneamente esquecesse das bençãos do Senhor e de sua grande benignidade para com os seus filhos; e mais ainda, todas as riquezas dos ímpios não superariam a vida em plena comunhão com Deus, como era o caso dos ministros do Senhor.(Dt-18:1-4). Pois o Senhor era a sua herança.    

E nós, como disse a apostolo Pedro: Que já provamos que Deus é bom. (1Pe-2:3). Será que em todo tempo ou em qualquer circunstancias, podemos confirmar a bondade de Deus? Será que também, podemos dizer: Daí graças a Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre, em qualquer situação?

O ser humano é falho, e sofre de um terrível mal em sua consciência: “Instinto de ingratidão”. Quase sempre, somos marcados pelo mal que merecidamente recebemos; e quase nunca pelo bem que desmerecidamente recebemos. Por esta razão, esquecemos tão facilmente do bem que nos tem feito o Senhor. (Exemplos de Jó-2:9, 10 – Lc-17:11-19). Temos uma tendência de focar em alguns supostos fracassos, como se eles fossem a base da nossa existência. Lamentamos tudo o que perdemos, seja bens materiais, oportunidades, saúde e principalmente os nossos antiqueridos, quando eles são tirados de nos, como se de fato eles nos pertencessem.

Até quando Deus é Bom?

**Quero relatar uma experiência contada por um Pastor muito conhecido em nosso meio. Em uma de suas maravilhosas ministrações da palavra de Deus, disse ele que em sua igreja, havia uma família com uma filhinha de Cinco anos, muito doente e sobre os cuidados médicos; vindo o pai a receber um diagnostico desfavorável, pediu ao pastor para orar pela sua filha, pediu também a muitos outros irmãos em Cristo, como é costume de todo crente. Persistindo a enfermidade, convocou toda a igreja em oração pela criança. Porém, nem os médicos puderam fazer nada, nem tão pouco as orações foram atendidas; vindo à menina falecer. Os pais então diante de tamanho sofrimento, solicitaram ao pastor para realizar a cerimônia fúnebre. 
Diz o amado pastor que ao chegar no cemitério, e ao entrar na capela lotada de parentes e amigos da família, ficou pasmo diante do olhar de todas aquelas pessoas, como se ele fosse o culpado daquela fatalidade. Saudou-as com a paz, mas não obteve resposta.  Um silencio acusador e mórbido pairava naquele lugar. Ele mesmo sendo um pastor experiente sentiu-se totalmente incapacitado para quebrar aquele silencio angustiante. Não havia palavras para se dizer naquela hora, ainda que todos esperasse dele uma resposta convincente para aquele fato trágico. Dizer o que, quando não se tem o que dizer, como explicar o que não aceitamos e não compreendemos.
Aproximou-se do caixão da pequena menina, olhou para aquela face tão angelical, e, uma angustia veio ao seu coração, e sem querer, uma pergunta surgiu dento do seu peito; e sem palavras ele disse: Deus não podia ter curado esta menina, Será que entre nós não havia nenhum justo diante dos olhos do Senhor? (Tg-5:13-16).

Olhou de novo para aquelas pessoas, e, viu perplexidade em seus olhos, e ele pode ouvir o coração delas dizendo: É, verdade: Deus é muito mal, Ele bem que podia salvar a menina inocente, e não salvou! Viu nelas uma expressão de reprovação, quase que não reconhecia mais aquelas pessoas, que antes daquele fato trágico, amavam tanto ao Senhor e confessavam a sua bondade. Porém, agora, discordavam de tudo o que antes acreditavam e confessavam. Porque Ele não salvou aquela pequena menina, porque Ele não ouviu as nossas orações, Ele não é bom?


Sabemos que a vida pertence a Deus, mas, poucos podem glorificar a Deus como glorificou, quando Deus permitiu a Satanás, que em um só dia ceifasse todos os seus Dez filhos (matasse) e dizimasse todos os seus bens o deixando em plena miséria, sem falar da enfermidade que foi lançada sobre ele, para ver até onde ele iria suportar. (Jó-1:13-19 –Jó-2:4-9).  Mesmo assim, ele bradou em alta voz: Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu sai do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!

Diz o amado pastor, que, ao terminar aquele ato fúnebre, ainda tomado de muitas duvidas e tamanha tristeza; derrepente o celular toca, insistentemente, ele atende, e do outro lado da linha, estava outro pai, porém, desta feita, muito alegre, bradando em alta voz: Deus é maravilhoso, pastor,  Deus é Maravilhoso! Aleluia, Glória Deus!

Ele, o pastor, sem saber de fato qual o motivo de tanta alegria daquele irmão. Perguntou atônito e curioso: Irmão porque tanta alegria? No que ele lhe respondeu: Pastor meu filho acabou de nascer! O senhor não estava sabendo, que o parto era de risco. Segundo os médicos, seria a criança ou a mãe; pastor, é como o senhor tem nos ensinado, quem tem a ultima palavra e o nosso Deus. E Ele é maravilhoso, salvou o meu filho e também a minha amada esposa. Aleluias! "Daí glórias a Deus, porque Ele é bom e sua misericórdia dura para sempre". 
Até quando Deus é Bom?

A dificuldade que temos de reconhecer a bondade de Deus, é porque, só há vemos de fato nas coisas que nos satisfaz, quando os nossos desejos são satisfeitos, quando atingimos os nossos objetivos. Mas, quase sempre, que sofremos alguma perda, rapidamente fechamos o nosso ingrato coração para os feitos do Senhor em nossas vidas.

Precisamos aprender com o justo Jó e o  Salmista Davi, que a despeito de qualquer coisa que venha acontecer ou nos faltar, Deus é tudo em nossas vidas.

Davi, no Salmo-103, faz uma minuciosa declaração de reconhecimento da bondade de Deus em sua vida e na vida daqueles que o temem.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.

Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. (vs-1-5).

Este salmo é composto de vinte e dois versículos, todos declaram a forma maravilhosa e misericordiosa em que o Senhor cuida dos seus, daqueles que o temem e guardam os seus estatutos.(Vs-17,18).

O Salmista encerra fazendo uma aclamação a todos os seres criados para que reconheça a soberania do Senhor e a sua benignidade para com os seus filhos.(Vs-19-22).

Nos céus, estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.

Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.

Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade.

Bendizei ao Senhor, vós, todos as suas obras, em todos os lugares do seu domínio.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor.

Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 13/02/2013

sábado, 29 de dezembro de 2012

Toda atitude de Fé, agrada a Deus?







Por Pr. Fábio Scofield

Segundo o autor da carta aos Hebreus, Deus não se agrada daqueles que não demonstram uma atitude de fé.

Ele inicia sua carta fazendo uma demonstração da estrutura da fé. Segundo ele, a fé é uma ideia concreta, sobre uma visão abstrata. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. (V-1)

Em seguida ele começa descrevendo a atitude dos antigos, e sua capacidade de crer. “Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”. (Vs-2,3)

Logo a seguir, ele faz duas citações de atitudes radicais vivenciadas pela fé.

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala”. (V-4)

“Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus”.(V-5)

E, concluiu: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. (V-6)


E, com base no testemunho de fé, o autor nos apresenta uma galeria de heróis, desde Noé, o a pregoeiro da justiça, até os últimos mártires do Antigo Testamento, onde ele encerra fazendo uma declaração surpreendente: “Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por meio da fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. (Hb-11:5-40).

**- Embora estes crentes do Antigo Testamento olhassem com fé para o Messias futuro, a fé que tinham não era perfeita, ou completa, até que Cristo veio.(Ver Hb-7:11-28 –Hb-10:1-18).  

Antes de concluir a definição da fé genuína vivenciada pelos heróis desta carta; quero fazer uma reflexão:

1º) -Será que toda atitude de fé agrada a Deus?

2º) -Será que só pelo fato de alguém crer, já é motivo suficiente para ser justificado por Deus?

3º) -Será que as pessoas que dizem crer sabem verdadeiramente em quem tem crido? Exemplo do apostolo Paulo (1Tm-1:12).

Eu creio que verdadeiramente sem fé é impossível agradar a Deus.

Porém, por não saberem em quem tem crido, ou melhor; por não saberem o que significa crer; a fé se tornou uma atitude muitas das vezes, desagradável aos olhos do Senhor.

Para entender isso, é, só analisar quais foram à motivação da fé que impulsionaram os heróis desta carta a crerem em Deus. Será que eles tinham pedido algo ao Senhor e criam que pela fé iriam obter? Será que a motivação de fé destes heróis é a mesma do povão que diz crer em Deus e em Cristo nos dias de hoje?

Será que os heróis da fé serviram a Deus, buscando algum interesse pessoal? Será que este povão que lotam as igrejas nas campanhas de milagres e correntes da fé estariam dispostos a doarem suas vidas em prol da vontade do Senhor, simplesmente por acreditarem no plano de Deus, como Abraão acreditou?

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador”.(Hb-11:8-19).

Será, que o crente de hoje, dispensaria as benção terrenas (materiais) pelas vindouras (celestiais)?  

Dificilmente veríamos alguém hoje se expressando como Davi: Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando a procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre. (Sl-131:1-3)

Exemplo do centurião Romano, que impactou o Senhor Jesus, com sua demonstração de amor e fé, não em beneficio próprio, mas, em amor e solidariedade ao seu criado que se encontra enfermo.  Alguém, que por amor usou a fé abrindo mão dos seus próprios interesses para exercitá-la em favor do seu próximo. (Mt-8:5-13).

O que vemos hoje é uma fé egoísta e interesseira ou quando não, voltada unicamente para o suprimento da sua própria necessidade. Uma fé coisificada, voltada para o ventre, pois só pensam nas coisas deste mundo.(Mt-16:26). 

O que verdadeiramente vemos não é o homem crendo e confiando na plena e soberana vontade de Deus. Mas, sim, vemos o homem exercitando a sua fé através das crenças, por meio de rituais e indulgências pragmáticas apresentadas a Deus para forçá-lo a realizar os seus interesses pessoais. (Is-58:1-5 – Zc-7:4-13).


O que é fé?

A fé é uma ação determinante por Deus aos seus servos: Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. (Hc-2:2-4 –Rm-1:16, 17).

Seguindo o raciocínio do autor da carta como ele diz: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. Fé significa abandonar toda a confiança em nossos recursos, capacidades e raciocínios, “No que vemos”. Para confiar exclusivamente naquilo que não vemos. “As promessas e as provisões de Deus, e o seu interesse por nós”. A fé se evidencia pela obediência ao Senhor. O autor de Hebreus definiu fé em duas direções: Fé em relação a realidades futuras. (as coisas que se esperam), e fé em relação a realidades invisíveis (fatos que se não se vêem).Quando temos a certeza de que Deus está no controle dessas áreas (vivemos de acordo com essa convicção), isto é fé. O Salmista nos salmos (Sl-23:1-6 e 37:3-7 – Revelam como devemos viver por fé em plena confiança na provisão do nosso Deus e Pai celestial).

Todavia, somente uma atitude interior não define a fé, para que a fé esteja presente, é preciso ação. O apostolo Tiago nos dá uma grande lição da verdadeira praticidade da fé cristã. (Tg-2:14-26). Porém, esta ação não pode ser baseada ou motivada por interesses religiosos ou auto-justiça, que venham contrariar a vontade do Senhor. (1Jo-3:19-24).

Segundo o apostolo João: A fé é o poder para vencer o mundo. (1Jo-5:1- 5).

Porém, não é isto que temos visto no cotidiano daqueles que dizem viver da fé. O que temos visto é um povo que, ao invés de vencer o mundo pelo poder da fé em Cristo Jesus: Que significa vencer o pecado em todas as suas manifestações e as forças malignas de Satanás. Estão invertendo o alvo, usando o poder da fé para vencer no mundo. Pelo poder da fé, buscam desesperadamente conquistarem o mundo e toda a sua glória. (Lc-4:5-7). Assim, se tornando inimigos da cruz de Cristo. (Fl-3:17-19).

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. (V-6)

Precisamos exercer a nossa fé, não uma fé pragmática e egoísta, mas, uma de plena confiança na vontade do nosso Deus. ]
Os dois aspectos da fé (certeza e expectativa), podem ser vistos na vida dos heróis mencionados nesse capítulo. Tinham firmes convicções sobre realidades presentes invisíveis. Também forte certeza de que as promessas de Deus se cumpririam, até mesmo em face de indicações em contrario. (Hb-11:11 –Rm-4:18-25). Seguindo estes aspectos, podemos entender que, ter fé não significa pedir a Deus o que precisamos e esperar que ele nos atenta. Mais sim, ter fé e  confiar no Deus que sabe tudo o que precisamos e supre todas as nossas necessidades em Cristo Jesus.(Ef-3:20,21).

Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que vem virá, e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma.
Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma. (Hb-10:35-39).

A Cristo Jesus seja dada toda a glória. Amém!!!

Pr. Fábio Scofield em 29/12/2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

"O Triunfo do Cordeiro e a Exaltação do jumento"


Separarás para o SENHOR tudo o que abrir a madre e todo o primogênito dos animais que tiveres; os machos serão do SENHOR. Porém, todo o primogênito da jumenta resgatarás com um cordeiro; e se o não resgatares, cortar-lhe-ás  a cabeça; mas todo o primogênito do homem, entre teus filhos, resgatarás. (Êxodo 13:12, 13).

A Bíblia e uma coleção de livros históricos e proféticos, escritos basicamente em linguagem figurada, porém, toda figura tem a sua representação, o que em linguagem teológica se define por “Tipologia”. Toda tipologia tem o seu sentido próprio, a qual tomará sua forma definitiva no decorrer da história e no devido cumprimento da profecia.
O livro do Êxodo relata como Deus libertou o povo Hebreu da das garras de Faraó, da escravidão do Egito, através de Dez pragas que demonstrava o seu poder e sua ira contra o Faraó e o povo Egípcio, e ao mesmo tempo, seu amor e sua proteção ao seu povo Hebreu; para cumprir sua promessa feita a Abrão, Isaque e Jacó.
( Êx-2:23-25).

Na noite do último dia; Deus determinou a Décima praga, a mortandade de todos os primogênitos dos Egípcios, e de seus animais. Todos deveriam morrer naquela noite; à noite da libertação do cativeiro.
“E Moisés disse a Faraó: Assim disse o Senhor: No meio da noite eu sairei pelo meio do Egito; e matarei todos os primogênitos da terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assenta sobre seu trono, até o primogênito da serva que está detrás da mó, e todos os primogênitos dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve nem haverá jamais.”
“Mas entre os filhos de Israel nem mesmo um cão moverá sua língua, nem contra homem nem contra animal; para que saibais que o Senhor faz separação entre os egípcios e os filhos de Israel.” (Êx-11:4-7).

No capitulo-12:1-17- Encontramos a instituição da Páscoa; simbolizada por três figuras: Um cordeiro macho de um ano sem macula, que deveria ser comido acompanhado por pães ázimos e ervas amargas.
Onde a figura do cordeiro sem macula já apontava para o Senhor Jesus Cristo em seu Sacrifício vicário; o sangue que deveria ser passado nos umbrais das portas dos Hebreus que os livrariam do anjo da morte, também representava o Sangue do Senhor Jesus Cristo, vertido na cruz do calvário para remissão dos pecados da humanidade.
Os pães ázimos (sem fermento), simbolizava a pureza do povo de Deus, santos diante do Senhor.
As ervas amargas; Fazia menção ao sofrimento do cativeiro do Egito, a casa da servidão, a fornalha de fogo. (Êx-3:7-9).

Em Êx-13:1-12 - O Senhor ordena a consagração dos primogênitos. “E o Senhor falou a Moisés, dizendo: Dedica-me todo primogênito, todo o que nascer primeiro entre os filhos de Israel, assim de homens como de animais; porque é meu”.

Todos os filhos primogênitos de homens e animais deveriam ser apresentados ao Senhor, porque lhes pertenciam, em memória ao grande livramento da mortandade da Décima praga do Egito; onde o Senhor determinou que o seu Anjo passasse por todo o Egito, e matassem todos os primogênitos dos homens e dos animais daquela terra.


Porém, surge uma figura muito interessante, a qual não podemos deixar sem compreensão, ou mesmo, sem lhe dar a devida importância nos fatos históricos e proféticos do plano de Deus. “Então entrega para o Senhor todo o que nascer primeiro, até mesmo todo primogênito de teus animais; os machos serão do Senhor. E Todo primogênito de jumenta resgatarás com um cordeiro; e, se não o quiseres resgatar, tu quebrarás sua cerviz; e resgatarás todo primogênito do homem entre teus filhos”. (Vs-12,13).

Mesmo porque, o Senhor disse que quando fosse perguntado o porque desta figura, deveria ser explicado.
“E quando seu filho no futuro te perguntar, dizendo: Que é isto? Tu lhe responderás: O Senhor, com mão forte nos tirou do Egito, da casa da escravidão.” (V-14).

Bem, para os filhos de Israel, talvez esta explicação naquela dispensação fosse o suficiente, visto, que foi a ordenada por Deus; mesmo porque todo o Antigo Testamento é visto como uma figura, como sombras de fatos que ainda estavam por vir.  Porém, nos estamos em uma dispensação, na qual as figuras tomam as suas formas definidas, para se cumprir às profecias.  Temos a obrigação de compreender melhor todos fatos descritos nas Escrituras; ou pelo menos os que já se cumpriram.

O livro de Êxodo é rico em linguagem figurada; é nele onde encontramos a maior concentração de figuras proféticas de toda narrativa bíblica. O texto que estamos usando como referência (Êx-13:12,13), encontramos uma figura tipológica muito interessante, e porque não dizer; a mais importante de todas as figuras apresenta nas Escrituras Sagradas. Ela fala da consagração de todos os filhos primogênitos de homens e animais ao Senhor Deus, pois, a Ele todos pertence. Porém, o filho da jumenta, só será consagrado ao Senhor se por ele for imolado um cordeiro; caso não queira imolar o cordeiro em seu favor, então o filho da jumenta terá que ser sacrificado. 

Um Cordeiro mediador para lavar e remir o filho de uma jumenta. Será que esta figura nós diz alguma coisa? Tenho lido alguns textos, onde dizem que o jumento era um animal imundo por isso o Senhor não podia aceitá-lo como primícia; por certo que não, este com certeza não era o motivo desta recusa; visto que o Senhor fez uma lista de muitos animais imundos, os quais não serviriam para serem sacrificados em seu altar, e com certeza o jumento não representa por assim dizer os animais nas suas imundices; visto que o “porco” seria o candidato mais apropriado, pois foi considerado como abominação diante do Senhor. 

Mas, observando as características do jumento: Um animal passivo, natureza rude (dura servir), de porte miúdo, sem nenhuma ostentação, de pouca ou nenhuma habilidade, de pouco valor de mercado, criado exclusivamente para o trabalho árduo, explorado, humilhado e desprezado. Um escravo por natureza. Que neste contexto histórico, creio eu, não está representando os animais imundos; mas, sim, toda a humanidade caída e humilhada, as margens da sociedade corrupta e perversa.Escravizada pelo pecado sobre o domínio de Satanás, as quais só serão libertas da morte, mediante o sacrifício do Cordeiro de Deus.  

O jumento, também estava representando os próprios israelitas libertos do cativeiro do Egito; os quais o Senhor já antevia a sua queda, o seu retorno ao cativeiro, devido a sua natureza rude incapaz de compreender os propósitos do Senhor.

Muitos são os momentos em que o jumento esteve presente na narrativa bíblica, sempre representando uma montaria simples e prestativa. Mas, o seu maior apogeu se encontra na entrada triunfal do Senhor em Jerusalém.(Mt-21:2-11-Ide à aldeia aí em frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada e, com ela, um jumentinho; soltai-a e trazei-mos. E, se alguém disser alguma coisa, respondereis que o Senhor está precisando deles, mas logo os devolverá. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, manso e montado numa jumenta, num jumentinho, cria de animal de carga. Os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenaram. Jesus entrou em Jerusalém triunfante e exaltou o humilde jumento; o qual estaria definitivamente representando todos os humilhados e desprezados desta terra, os quais Ele veio resgatar com o seu sacrifício vicário. (Mt-11:28-30). Amém!!!


Postado pelo Pr. J. Fábio Scofield em 18/09/2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Anjo do Tanque, Fábula judaica ou Poder de Deus?




Depois disso, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
Ora, existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, que em hebraico se chama Betesda, a qual tem cinco pórticos.
Nestes jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, e os que tinham membros ressequidos, esperando o movimento da água.
Pois um anjo descia de tempos em tempos à piscina e agitava a água. O primeiro, então, que ali entrasse, depois da agitação da água, ficava são de qualquer doença que tivesse. (João-5:1-4).


Toda religião tem as suas crenças, seus dogmas, e seus pragmatismos. Não existe uma religião sequer, que seja praticada sem algum tipo de ritual. Toda religião tem a sua liturgia, seja ela primitiva ou a mais hodierna. E, em todo culto (ritual), existe um só objetivo: “O encontro com o sagrado”. Seja de forma filosófica ou espiritual; porém, tudo o que mais importa é ser tocado pelo sobrenatural, a essência da divindade que está sendo invocado naquele Culto (ritual).

O judaísmo, apesar de ser uma religião praticada por um povo que biblicamente tenha sido escolhido entre as demais nações da terra, para servir ao Único e, verdadeiro Deus. O Senhor criador dos céus e da terra e de tudo que nela há. Religião esta, que, até a liturgia do culto foi determinada pelo próprio Deus. Mesmo assim, eles Também, praticavam entre o verdadeiro culto; um pouco de crendices popular.  As chamadas “Fabulas Judaicas”.  

Aliança de Deus com os filhos de Israel

No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto de Sinai.
Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto de Sinai, no qual se acamparam; ali, pois, se acampou Israel em frente do monte.
Subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos cheguei a mim.
Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade particular dentre todos os povos: porque toda a terra é minha.
Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.
Veio Moisés, chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas palavras, que o Senhor lhe havia ordenado.
Então o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou, faremos. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo.        (Êx-19:1-8).

No livro de Levítico, o Senhor estabeleceu os atributos deste sacerdócio, especificando toda liturgia do culto: Ritos, oferendas e sacrifícios. (Levítico –Capitulo -1 ao 10).  E, também, exortou o povo, quanto ao perigo de praticarem qualquer outro tipo de crença, que não estivesse nos estatutos da lei.  (Lv-20:1-27).
A Bíblia nos revela que, apesar de tantos cuidados; os filho de Israel, não foram capazes de obedecer ao Senhor; mesmo sendo duramente castigados. Mesmo, assim, eles sempre deram um jeito de participar das crenças religiosas das nações vizinhas, consideradas abominação pelo Senhor vosso Deus. (Is-8:11-22).

Agora nos deparamos com esse texto no evangelho de (João-5:1-4), onde narra um evento totalmente novo, sem nenhum precedente com o serviço sacerdotal Levítico. “A cura de enfermidades por intermédio de um anjo, e não somente isso; mas, que, o suposto anjo, viria de tempos em tempos mover a água de um determinado tanque, e curaria o primeiro que entrasse na água”. O serviço sacerdotal consistia em prestar culto a Deus, lhe apresentando os sacrifícios e ofertas diários, e também assistir o povo nas suas necessidades espirituais, inclusive, curando as suas enfermidades. (Lv-14:1-4 –Lc-13:10-16 -Lc-17:11-13). A cura de enfermidades através de um anjo é fato inédito, não há registro Bíblico de outro evento semelhante a este. Evento, este logo depois condenado pelos evangelhos. (Cl-2:18 -Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuando sem motivo algum na sua mente carnal). (Tt-1:14-Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé, e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade).            Conferir - 1Tm-1:3,4 – 1Tm-4:7 - 2Pe-1:16,17.

Porém, mesmo tratando-se, possivelmente de uma fábula judaica.  Se, está na Bíblia, com certeza o texto tem alguma coisa para nos ensinar.

O paralítico do tanque de Betesda

V-1- Depois disso, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.

* - Festa judaica; a Bíblia diz, que Deus determinou por lei, três festividades anuais, obrigatórias a todo israelita; todos deveriam comparecer diante do Senhor, nestas festas, e nunca de mãos vazias. “Três vezes no ano todo varão entre ti aparecerá perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher: na festa dos pães asmos, e na festa das semanas, a na festa dos tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor; cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o Senhor seu Deus lhe houver concedido. (Dt-16:16,17). Neste feita, não sabemos quais destas festas eles estavam comemorando, a Bíblia não relata o motivo da festa; põem, cremos que se tratava de uma festa importante; pois Jesus subiu a Jerusalém para participar desta festividade. (V-1)

V-2- Ora, existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, que em hebraico se chama Betesda, a qual tem cinco pórticos.

* - A porta das ovelhas representa a entrada para o aprisco da religião da observância da lei (Jo-10:1). Betesda quer dizer casa de misericórdia, significando que as pessoas que praticavam a observância da lei precisavam da misericórdia de Deus porque eram incapacitadas, fracas e miseráveis, como retrata (Rm-7:7-24). Os pórticos representam o abrigo da religião da observância da lei, abrigo como o que um aprisco proporciona. O número cinco representa responsabilidade. Responsabilidade esta, que os sacerdotes tinham em assistir aquela multidão de necessitados. 

V-3- Neste jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, e os que tinham membros ressequidos, esperando o movimento da água.

* - Isso significa que, sob o abrigo da observância da lei, no aprisco da religião, há muitos que são cegos, incapazes de ver, muitos que são coxos, incapazes de andar; e muitos com membros ressequidos, carentes do suprimento de vida.

V-4 – Pois um anjo descia de tempos em tempos à piscina e agitava a água; o primeiro, então, que ali entrasse, depois da  agitação da água, ficava são de qualquer doença que tivesse.

* - O anjo aqui representa o agente por meio do qual a lei, que não podia dar vida, foi dada (Gl-3:19-21). Agitar a água para que as pessoas ficassem curadas, representa a tentativa de aperfeiçoar as pessoas pela prática da observância da lei.

V-5 – Estava ali um homem, enfermo havia trinta e oito anos.

* - Era dia de festa, porém, para este homem enfermo e incapacitado não havia felicidade, mesmo no alegre dia de uma festa (V-1), era dia de sábado, mas, não havia descanso para este homem, mesmo no dia de sábado (V-10).

V-6 – Jesus, vendo-o deitado e sabendo que já estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são?

* - Este sinal significa que, quando a prática da observância da lei na religião judaica tornou-se uma impossibilidade por causa da incapacidade do homem (Rm-8:3 – Porque o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito). O Filho de Deus veio avivar os mortos (Jo-5:25 –Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão).
A lei não podia dar a vida (Gl-3:21). Mas o Filho de Deus dá a vida aos mortos (Jo-5:21-Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho aqueles a quem quer).

V-7 – Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque quando a água é agitada; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.

* - Havia um modo de obter a cura na religião da observância da lei, mas não era de nenhum proveito para o homem incapacitado, pois ele não tinha forças para cumprir os requisitos da lei. A observância da lei na religião depende do esforço, dos feitos e da constituição do homem. Visto que o homem é incapacitado, a observância da lei na religião torna-se ineficaz.

** - O mais interessante disso tudo, é que, o local era propicio para acontecer o milagre, mesmo na observância da lei; visto que ali, se encontravam todos os elementos sagrados da antiga aliança.”A Cidade santa (Jerusalém). O templo santo, a festa, o sábado, os anjos, As Escrituras Sagradas. Tudo isso são coisas boas daquela religião, mas nada podiam fazer por esse homem incapacitado”.

*** - Aos olhos do Senhor, ele era um morto (V-25), e precisava não apenas de cura mas também de avivamento. Para ser avivado pelo Senhor não era necessário cumprir exigência alguma. Tudo que lhe seria necessário era ouvir a sua voz. (V-25).

V-8 – Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.

V-9 – Imediatamente o homem ficou são, e tomou o seu leito e pôs-se a andar. Ora, aquele dia era sábado.

* - Leito ou catre. Antes, o leito carregava o homem incapacitado, mas, agora, o homem avivado carregava o leito. De acordo com os (V-24,25), isto é passar da morte para a vida.

V-10 – Por isso disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é licito carregar o teu leito.

V-11 – Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me fez são, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda.

V-12 – Perguntaram-lhe eles: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?

V-13 – Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, por haver uma multidão naquele lugar.

* - O avivamento da vida violou o ritual da religião. A religião se ofendeu com a vida e começou a opor-se a ela a partir de então.(V-16,18 –Por isso, os judeus perseguiam a Jesus e procuravam matá-lo, porque fazia essas coisas no sábado).

** - O sábado foi feito para o homem, e não homem para o sábado.(Mc-2:27), e deve proporcionar-lhe descanso. A observância religiosa da lei não trouxe descanso a esse homem que estivera enfermo por trinta e oito anos, mas o avivar da vida, sim. Contudo, os religiosos importavam-se apenas com o seu ritual da observância do sábado; não se preocupando nem um pouco com o descanso do enfermo.


V-14 – Depois disso, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Eis que ficaste são; não peques mais, para que não te suceda algo pior.

* - Essa exortação indica que a enfermidade que o homem tinha, era proveniente dos seus pecados, ou conseqüências dos mesmos.

V-15 – O homem retirou-se e contou aos judeus que fora Jesus quem o fizera são.

V-16 – Por isso, os judeus perseguiam a Jesus e procuravam matá-lo, porque fazia estas coisas no sábado.


Postado pelo Pr. J. Fábio Scofield em 16/07/2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Grandeza de Deus, diante da fragilidade Humana



Porque assim diz o Alto e Sublime, que habita eternamente, cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o humilde e quebrantado.

Porque não contenderei para sempre, nem me irritarei perpetuamente, porque o espírito diante de mim desfaleceria, e os seres que eu criei.


Pelo pecado de sua cobiça me indignei, e o feri, e me ocultei irritado; contudo, perversamente seguiu o caminho de seu coração.


Eu vejo seus caminhos, e o sararei, e o conduzirei, e restaurarei para ele a consolação, e aos que fazem luto por ele.


Eu crio os frutos dos lábios, paz, paz para o que está longe, e ao que está perto, diz o Senhor, e eu os curarei.


Mas os transgressores são como o mar agitado, porque não se pode acalmar, a suas águas, lançam de si lama e lodo.


Não há paz para os transgressores, diz meu Deus. (Is-57:15-21)

 A Bíblia narra com riquezas de detalhes o tempo da primeira criação, descrevendo como o Senhor Deus e Pai Celestial, criou todas as coisas existentes, e algumas, já não mais existentes entre nós.

Porém, encontramos uma saudosa narrativa em sua grandiosa criação.

A criação do homem; um ser feito a sua imagem e semelhança, ser este, que, o seu criador lhe reservou entre toda criação, um lugar especial, um jardim, onde havia tudo que lhe seria necessário para viver feliz, e na presença plena de seu criador e Pai, tendo com Ele um relacionamento perfeito, diz a Bíblia que eles se falavam na virada do dia. E lhe colocou como cabeça sobre todos os seres criados, dado-lhe plenos poderes, para possuir e dominar sobre tudo. Sabemos que tudo ia perfeito neste relacionamento entre o homem e Seu criador e Deus. Havia entre eles uma aliança. 1ª - A aliança edênica, que condicionou a vida do homem no estado da inocência. (Gn-1.28)

 Um acordo, com cláusulas restritas e punições irrevogáveis. Bem, nos sabemos que o homem não foi capaz de cumprir este acordo, e dele veio à queda, que chamamos de pecado “Transgressão da lei”, e pelo pecado, veio a quebra do relacionamento entre o homem e o seu criador.  Mesmo assim, Deus ainda propõe uma nova aliança. 2ª - A aliança  Adâmica, que condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a promessa dum redentor. (Gn-3:14-21)

O pecado aumentou, o homem se embruteceu se agigantou, e Deus determina destruir a sua criação; porém achou graça aos olhos de Noé, e lhe propões uma aliança. 3ª - A aliança com Noé, que estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a continuação da vida sobre o planeta terra. (Gn-9:1-17)
Noé e seus filhos, salvos da ira de Deus (O dilúvio), tomam posse da nova terra, porém, não foram capazes de cumprir os termos da sua aliança.  Por um tempo, Deus deixou a humanidade seguir o seu curso, mas, logo se voltou para os seus seres criados. E em Uz dos Caldeus, na Mesopotâmia; encontrou um homem por nome Abrão, lhe fez uma promessa seguida de uma aliança. 4ª A  aliança com Abraão, que daria início à nação israelita e concede-lhe a terra da Palestina. (Gn-12:1-9 – Gn-15:12-21). Abraão cumpriu fielmente a sua aliança, o Senhor confirmou a seu filho Isaque e a seu neto Jacó; e cumprindo a primeira parte desta aliança através de Moisés. Fazendo com ele também uma aliança. 5ª - A aliança com Moisés, que condena todos os homens “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Rm-3:23 – Êx-19:1-25). Após o povo hebreu ter sido libertado da escravidão do Egito. Deus faz uma aliança com eles. 6ª - A aliança palestina, que assegura a restauração e a conversão final de Israel. (Lv-26:1-46 - Dt-28:1-68 – Dt-29:1-29 a Dt-30:1-29). Esta aliança foi quebrada varias vezes, mas, no decorrer deste período de infidelidades, Deus encontrou um homem segundo o Seu coração, e com ele o Senhor fez uma aliança, pela qual o Senhor Jesus Cristo terá que mais uma vez deixar o seu trono de glória nos altos seus, para vir restaurar a Nação de Israel e reinar com eles por Mil Anos. 7ª - A aliança com Davi, que promessa que se cumprirá em Cristo, o “Filho de Davi”. (2Sm-7:16 – 1Cr-17:7 – Sl-89:27 – Lc-1:32, 33). Por ultimo, temos a aliança da Graça, com o propósito de salvar todos aqueles que crer em Jesus Cristo como Filho de Deus, Senhor das suas vidas e salvador das suas almas.

8ª - A Nova Aliança, que assegura a transformação espiritual de Israel e de todos que crêem em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus. (Jr-30:1-24 – Jr-31:1-40 – Lc-1:67-80)

Se observarmos as Escrituras Sagradas de Gênesis a Apocalipses, encontraremos muitas histórias, muitos personagens, muitos feitos de Deus, muitas quedas dos homens. Porém, o mais importante em tudo isso, não é a história que a Bíblia relata entre Deus e os homens. Mais, sim, o grande amor de Deus revelado em Cristo Jesus, com o propósito de  libertar o homem dos seus pecados e livrá-lo da condenação eterna. (Jo-3:16-21 – Rm-5:1-21 – 1Tm-2:1-6 –Tt-2:11-15)


Deus sempre teve em mente um propósito definido, que é o Seu plano da redenção dos homens. Ele prepara um glorioso destino para Seu povo redimido, tanto na terra como no céu. Esse propósito se concretizará com o segundo advento do Redentor, que reinará sobre o mundo em justiça. Depois de ter assim regido o mundo, durante 1000 anos, entregará o reino nas mãos do Pai. Então será estabelecido um novo céu e uma nova terra, na qual habitará  a justiça para sempre. Então, Deus será supremo senhor de todo o universo. (1Co-15:58 – 2Pe-3:1-13 – Ap-21:1-27).    Amém!!!

Postado pelo Pr. J. Fábio Scofield em 25/06/2012