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sexta-feira, 13 de março de 2015

“As duas faces de uma mesma Sociedade”



Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: mantém-me do pão da minha porção acostumada. Para que porventura de farto te não negue, e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e lance mão do nome de Deus. (Pv-31:7-9)

Navegando na net; deparei-me com um site, com um tema sobre uma moeda de “duas faces”. Não sei exatamente o que o autor queria transmitir em sua narrativa. Pois, apesar de falar de uma moeda, não se referia a questões financeiras, ou da moeda, propriamente dita. Talvez estivesse falando de “pessoas”; representando-as através de uma moeda de dupla face “Double face”. Porém, ele não estava se referindo ao caráter das pessoas. Creio que a intenção do autor era descrever, “figurar” com a moeda de duas faces, as dificuldades que enfrentamos para driblar as circunstâncias impostas pelos revez desta vida.  http://www.pracadarepublicaembeja.net/2009/06/

 O titulo desta postagem, me chamou á atenção.  Me despertou, e me veio em mente um tema. “As duas faces de uma mesma Sociedade”. Resolvi postar algo. Porém, não abordando o mesmo assunto do autor. Meu tema, não será sobre relacionamento intimo ou pessoal. Mas, sobre, “Desigualdade”. Visto que as desigualdades tem sido um dos maiores entraves no relacionamento do ser  humano.

As desigualdades são inúmeras: Podemos citar algumas como exemplos:

Desigualdade Racial - Desigualdade CulturalDesigualdade Religiosa. Toda e qualquer desigualdade entre os seres, são desumanas e terríveis. Todas trazem sofrimento, muitas das vezes irreparáveis.  Porém, a que mais traz consequências, é a “desigualdade Social”. Visto que nesta desigualdade, os seres se tornam perversos, e malignos. Vou citar aqui, um trecho de outra postagem, esta falando sobre a desigualdade social.  Onde o autor descreve em detalhes a terrível situação em que vivem os desfavorecidos nesta terra.

Contradições da Sociedade Brasileira e a Construção da Ordem Social:
A todos aqueles que neste momento habitam um ventre e que nascerão na miséria, morarão nas ruas, terão como teto o tempo, sentirão frio, acostumar-se-ão com o medo, comerão lixo, cheirarão cola, conhecerão o sexo na infância, procriarão na puberdade e, analfabetos, morrerão antes de atingirem a idade adulta. Sua vida já é conhecida, antes de nascerem, filhos órfãos que são da cidade grande. Muitos dos que sobreviverem, seu caminho também não é mistério, pois as portas da prisão os aguardam. http://pt.slideshare.net/professorcarlosaguiar/contradies-da-sociedade-brasileira-e-a-construo-da-ordem-social-4784552


A desigualdade social é terrível e desumana. Principalmente, quando ela é praticada em uma pessoa, estando esta fora do reino de Deus. Uma pessoa fora do reino de Deus, já é injusta por natureza. Fazendo injustiça, e sofrendo injustiça.  Porém, os filhos do reino de Deus; são instruídos a viver na fartura ou passar necessidade. (Fl-4:10-13). No reino de Deus, a desigualdade social, ainda é permitida por Deus, com um proposito de conhecer  o caráter dos seus servos. Através dela, Ele conhece o comportamento de cada um de nós. Se somos justos ou injusto, diante da desigualdade em que a vida nós impôs. Não só, os pobres desfavorecidos; mas, igualmente os ricos bem favorecidos. Segundo a palavra de Deus “A Bíblia”. Todos serão igualmente julgados. Não pelas riquezas ou pela pobreza; mas sim, como se comportam diante dela.

Quero apresentar um texto bíblico muito interessante, para embasar o meu texto. “Visto que ele trata de uma forma clara, o grande mal que sofremos diante das desigualdades Sociais”.

Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: mantém-me do pão da minha porção acostumada. Para que porventura de farto te não negue, e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e lance mão do nome de Deus. (Pv-31:7-9)

Poderia citar muitos outros textos, pois a bíblia é rica em detalhes, sobre as questões de pobreza e riquezas. Principalmente as riquezas; ou o apego a elas, e o quanto elas são nocivas para a vida do ser humano.

Porém este texto de Provérbio enfatiza não só a riqueza, mas também a pobreza. E, o mal que elas podem trazer para humanidade. A riqueza excessiva, o acumulo de bens; torna o homem desumano e “iníquo”, sem temor de Deus. Para que porventura de farto te não negue, e diga: Quem é o Senhor? E, a pobreza extrema, torna o homem sem alternativa para sua sobrevivência. “Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e lance mão do nome de Deus”.

O Senhor Jesus em seu sermão do monte, deixa uma palavra de esperança para os cristãos pobres e dependentes de Deus. 
E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. (Lc-6:20,21) 

E, advertiu os ricos. Os que se apegam as suas riquezas, colocando nelas a sua confiança, como se não dependesse de Deus.

Mas ai de vós, ricos! Porque já tendes a vossa consolação.
Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. (Lc-6:24,25). 



Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 13/03/2015

terça-feira, 10 de março de 2015

Não sejas “SÁBIO” aos teus próprios olhos



Não sejas sábio aos teus próprios olhos: tema ao Senhor e aparta-te do mal. (Pv-3:7)

Este tema pode até parecer simplório, ou mesmo sem nenhuma relevância. Porém, ele é um protesto contra alguns blogueiros que se acham muito “SÁBIO”, ao ponto de não mais compartilharem suas ideias “SABEDORIA”, aos demais, “tolos mortais”. Visto, que em muitos blogs já não se encontra mais disponíveis o link que permitem ou permitiam, aos demais partilharem suas opiniões sobre o tema da postagem.

O que me fez escrever este breve protesto, foi o fato de me deparar com um grande numero de Blogs e Sites Evangélicos, postando assuntos temáticos, assuntos de grande relevância bíblica, que poderiam contribuir para o conhecimento do povo de Deus. Assuntos que, se discutidos corretamente, certamente iriam contribuir muito para o crescimento da fé, do nosso tão ludibriado povo; fragilizado espiritualmente por um evangelho místico, praticado como se fosse o credo de uma seita popular; sem nenhum compromisso com a verdade.

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Os-4:6)

Este texto do profeta Oseias é bastante pertinente, para compreendermos a responsabilidade que temos diante de Deus. Deus concedeu o dom da sabedoria, do conhecimento e do discernimento a alguns sacerdotes, com o propósito claro: que eles ensinassem ao seu povo a conhecer a verdade. E, não para que eles “sacerdotes”, se tornassem  “sábios aos seus próprios olhos”.  Cumprindo-se o que disse o autor de Provérbios, capitulo -26:12 - Tens visto a um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há no insensato do que nele.

Porém, muitos destes Blogs e Sites, postam mensagens para si mesmo; em uma atitude egoísta, exibem suas maravilhosas postagens, sem nenhum interesse de compartilhar a sua iluminação com alguém. Visto que tiraram totalmente o link de comentários de suas paginas.

Alguns, alegam que estão se protegendo de discussões. (2Tm-2:14). Isto é bíblico, e, poderia ser aceito como justificativa. Porém, temos visto algo oculto nesta justificativa. Nestas atitudes de se preservarem; na verdade estão encobrindo um certo orgulho maligno da falsa modéstia. Pois o que vemos em muitos deles, é a petulância de se acharem, tão sábios, que não precisam se sujeitarem a opinião dos outros. Visto isto, é que postam as suas mensagens "sabedorias", só para exibi-las aos seus próprios olhos.   

Tende o mesmo sentimento uns para com os outros, em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. (Rm-12:16).

E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.
E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais. (1Co-8:11,12)

Fico muito triste com este comportamento egoísta de muitos blogueiros que se dizem evangélico. Pois, cremos, que se tratando de site ou blog cristão evangélico; ainda que alguns publiquem suas postagens com o propósito informativo “noticiário e entretenimento”. O que se espera de uma postagem cristã, é que acima de tudo, ela venha transmitir o amor de Deus, manifesto aos homens através de Cristo Jesus. Porém, de uma forma, que todos os visitantes e seguidores, possam se alimentar deste amor. Através do texto escrito pelo autor, possuidor do dom de sabedoria e conhecimento, concedidos pelo Espírito Santo. (1Co-12:8).

Deus nós capacitou com os seus maravilhosos dons, não para nos tornar orgulhosos e sábios aos nossos próprios olhos; mas, sim, pra sermos instrumento de instrução para o seu povo.

Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus.
E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. (2Tm-2:1,2).

O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. (Is-50:4).     Amém!!!


Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 11/03/2015

sábado, 6 de dezembro de 2014

Chegou o fim do ano, estou satisfeito, graças a Deus!!!






Com a chegada de mais um fim de Ano; surgem naturalmente àquelas indagações no intimo de todo ser humano: O que eu fiz neste ano? Fui feliz? Realizei grandes sonhos e projetos? Ou não?...............

O ser humano vive em uma constante dúvida; cercado de incertezas e frustrações. Horas, motivados pela ganância e avareza, desejando mais do que já possui (1Tm-6:7-10). Horas, por estar vivem em situação de estrema pobreza, devido às injustiças sociais deste mundo – (Pv-30:7-9). "Foi por este motivo que o Senhor Jesus nos alertou: Porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui".(Lc-12:13-21).

Devido a sua natureza pecaminosa, o homem é propenso a seguir os seus próprios caminhos - (Pv-14:12)O homem, não consegue por si mesmo, caminhar os caminhos retos do Senhor; previsto por Deus para que toda humanidade pudesse viver em segurança e em plena felicidade. “Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saibas? Porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão” (Os-14:9).  Viver neste plano de vida terrena, em comunhão com Senhor em gozo das suas benção e proteção- (Hb-10:19-25).  Após, a passagem terrena, pudesse voltar ao Pai em plena comunhão de espírito com o Senhor, por intermédio do Seu Filho amado Jesus Cristo – (João-14:1-6).

A bíblia é cheia de palavras motivadoras, nos incentivando a confiar no Senhor. O livro de salmos traz em muitos capítulos, estas orientações. O Salmo de numero quarenta traz uma grande mensagem a este respeito: (Salmo-40:1-5) - Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor...................
Em certas horas, o salmista se sentindo mais apreensivo; muda a sua forma de buscar. Não perdendo a fé, e nem a paciência em esperar pelo agir de Deus. Mas, em alguma situação de maior aflição; sugeriu ao Senhor que apresasse em ajuda-lo, pois estava muito necessitado- (Sl-70:1-5).

Seja qual for a nossa situação, devemos sempre e, em tudo, confiar no Senhor - (Sl-37:23-26). Como cristão, aprendi colocar a minha vida nas mãos do Senhor.  Aprendi, a confiar plenamente na provisão divina, como supridor de todas as minhas necessidades - (Mt-6:31-34). Ainda assim,  sempre temos algo de especial para pedir ao Senhor. A realização de um projeto, de um sonho, algo impossível aos nossos recursos, à conquista de uma vitória em alguma área das nossas vidas. Em fim. O homem é um eterno dependente da misericórdia, e do amor do nosso Deus e Pai celestial.

O Apostolo Paulo nos exortou, dizendo: Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Não estejais inquietos por coisa alguma: antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus  - (Fl-4:4-7).

Aproveitando a oportunidade: Minha família e eu, desejamos a todos os Irmãos em Cristo, parentes e amigos leitores desta pagina: Um feliz Natal e um 2015, repleto da Graça e a Paz do nosso Senhor Jesus Cristo..........

Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 06/12/2014


sexta-feira, 20 de junho de 2014

“ Habacuque nos dias de hoje”




“ Habacuque nos dias de hoje”
Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?   
Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita.
Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida. (Hc-1:2-4).

Habacuque foi profeta na nação de Judá. Seu livro foi escrito por volta do ano 610 – 605 a.C. Período em que  o pecado grassava em Judá. O povo adorava os ídolos, sacrificava os filhos a deuses pagãos e não levava Deus em conta, e não ouvia os seus profetas. O ímpio rei Jeoaquim não somente se recusou a escutar os profetas de Deus, mas também queimou os escritos deles. (Jr- 36:1-32). Os acontecimentos históricos que culminaram os conflitos dos dias de Habacuque, encontram-se escritos em 2Reis-23:31-37 – 24:1-9 – 2Cr-36:1-8 e em todo livro do profeta Jeremias.

Habacuque vivenciou um período de muita violência e incerteza em sua terra. Um período em que não se podia confiar em mais ninguém; como se pode ver em seu clamor. “Por que razão me fazes ver a iniquidade, e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio”.  Seu povo havia se desviado, profanando as leis, saindo totalmente da presença do Senhor. 
Existem alguns textos bíblicos que nos levam a crer na possibilidade de podermos questionar “Arguir” o Senhor, como se Ele tivesse que nos dar alguma satisfação de tudo o que Ele faz ou irá fazer.

**Exemplos:
Clama a mim, e reponder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes. (Jr-33:3).
E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço. Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? (Gn-18:17,18).
Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. (Am-3:7).

Questionar, cobrar “Arguir”, talvez não. Mas, podemos confiar plenamente no nosso Deus, Ele é justo e fiel.   O Senhor, jamais deixou ou deixará de comunicar aos seus servos, os profetas, os seus planos de juízo e redenção para o seu povo, e para toda a humanidade. E muito menos, de socorrer aos que clamam por justiça. (Mt-5:6 –Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos).

A maioria dos profetas fala ao povo em nome de Deus.  Habacuque foi um profeta atípico, de modo diverso, fala a Deus a favor do povo.  “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?”

Porém, o que fez o Senhor em certo ponto, indiferente diante ao clamor do profeta Habacuque. Creio que tenha sido o espírito de insatisfação demonstrado claramente nas suas palavras.  Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? (Hc-1:2).
“Isaias-55:8 - Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor”.

Os planos de Deus estão acima das expectativas humanas.

1ª - Resposta de Deus as indagações do  profeta:

V-4 -11- Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.
Diante desta afirmativa, o profeta que já estava indignado, ficou estarrecido com a forma terrível, que o Senhor escolheu para punir o seu povo. E, mais uma vez expressa sua indignação, porém, com muito temor. “Vs-12,- Não és tu desde sempre, ó Senhor meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó Senhor, para juízo opuseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar”.

Contudo, o profeta ainda expressa mais uma vez a sua indignação: ( V-13-Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?)

Quando Habacuque pediu a Deus que acabasse com a corrupção em Judá, não esperava que Deus o fizesse de modo tão drástico. Não há dúvida de que o rei Jeoaquim e seus comparsas tinham-se enriquecido por meio da injustiça e da extorsão. Tinham até mesmo escravizado o povo (Jr-22:13,17). Mas, se Judá era mau, os babilônicos eram piores!  

Ao falar assim, o profeta não estava sendo conivente com o erro do seu povo; ao afirma que eles eram mais justos que os seus opressores. É, que o povo de Deus mesmo no erro, ainda podem ser considerados justos diante dos ímpios em suas abominações. Foi assim que Ló, mesmo estando vivendo em Sodoma, totalmente fora dos padrões estabelecidos por Deus. Foi considera justo diante dos abomináveis moradores daquelas terras. (2Pedro-2:6-7- E condenou à subversão as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as à cinzas, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente. E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis).

Precisamos ser  Habacuque nos dias de hoje
Dizem que o tempo é a melhor resposta; e, que ele muda quase tudo. “Quase”. Porque, existem coisas que parece se eternizar. O tempo passa, muitas coisas mudam, outras permanecem, como se o ontem fosse hoje. Engraçado, nós temos um desejo de poder eternizar os bons momentos das nossas vidas. Mas, quando se tratando de coisas ruins, momentos difíceis. O nosso desejo é que eles fossem esquecidos para sempre.

Estamos vivenciando este tempo de insegurança e injustiça; como Habacuque vivenciou em seus dias.  Vivendo em uma nação com leis frouxas nas mãos de uma justiça corrupta. Um povo indolente, que confundem prazer carnal com felicidade. Um povo que não se apercebe que o mal está sobrevindo sobre suas cabeças. Vivendo em um tempo em que, todos os conceitos de moralidade estão corrompidos. A família que já foi os pilares da sociedade, já não mais sustenta os padrões estabelecidos pela palavra de Deus.

Precisamos urgentemente, tomar o exemplo do profeta Habacuque e também, buscar ao Senhor em nossas orações, por este povo corrompido e moralmente depravado. (Ez- 22:30 –E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei).

Você já teve vontade de perguntar a Deus: “Se Ele está controlando tudo, por que o mal vence tantas vezes?”. Se for assim, você se identifica com Habacuque, que entrou num grande debate com Deus. Habacuque, cujo nome significa “lutador”, lutou com Deus sobre questões que continuam relevantes até os dias de hoje.

Pode até parecer que Habacuque estivesse faltando com o temor ao Senhor. Mas Deus não levou em consideração a força das suas expressões, visto que, tratava-se de uma petição em favor do seu povo. Deus sempre procurou e ainda estar procurando homens com o perfil de Habacuque, homens que não buscam ao Senhor por interesse próprio, mas homens que visam em primeiro lugar, o bem estar do seu próximo.

 Habacuque não foi o único que expressou suas indignações e suas queixas diante do Senhor. Orações veementes, sinceras e até mesmo iradas foram proferidas por muitos homens de Deus. Moisés, Gideão, Elias e Jó, entre outros, também questionaram algo que Deus fez e debateram com Ele. Deus escuta com indulgência quando nos queixamos de injustiça. Sempre que a deslealdade da vida nos prega um susto, devemos ter consciência de que Deus se preocupa com essas coisas muito antes de nós. A verdade é que a injustiça nem sequer nos perturbaria se Deus não nos tivesse dado o senso de injustiça. De onde mais poderíamos ter conseguido um conceito do certo e do errado se não fosse da parte de Deus?

“Clama a mim, e reponder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes”. (Jr-33:3).

Deus responde a Habacuque
Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa.
O Senhor me respondeu e disse:  Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.
Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.
Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. (Hb-2:1-4).

Esta resposta em forma de profecia se cumpriu no tempo do profeta; quando Deus determinou ao rei Nabucodonosor entrar em Jerusalém e em todas as cidades de Judá. (Jr-39:1-18).  No tempo de Habacuque, Deus usou os injustos para punir os “justos”. Em nosso tempo; Deus enviou um Justo para morrer pelos injustos.

Outra coisa que precisamos compreender com relação ao nosso Deus. É, que, a despeito de podermos clamar. Clama a mim, e reponder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes. (Jr-33:3).  Não significa, que Ele irá fazer exatamente como temos em mente, como muitas das vezes planejamos. Mas por certo, irá agir segundo a sua vontade. Por certo, fará o melhor, mesmo que não tenhamos capacidade para compreender. (Lc-18:6-8ª – E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clama a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça).                                        Amém!!!

Postado por Pr. Fábio Scofield em 20/06/2014

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Ignorância mata?



A Ignorância mata?

“Se me perguntar o que é a morte! Respondo-te: a verdadeira morte é a Ignorância. Quantos mortos entre os vivos!” (Pitágoras, 582 – 497, AC)

 “Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. Guardai-vos, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábio e inteligente”.(Dt-4:5,6).

Deus sempre desejou que o seu povo, fosse um povo que fizesse a diferença entre as demais nações da terra, em todos os sentidos. Um povo há possuir o Único  Deus verdadeiro, e uma lei justa e santa. Um povo rico e de sabedoria invejável. Refletindo sobre esta exortação de Moisés. Podemos concluir que, a subsistência deste povo, viria, pela sabedoria em cumprir fielmente os estatutos e juízos da lei do Senhor. Caso, contrario, seriam fatalmente destruídos da face da terra. Que certamente, e lamentavelmente foi o grande fracasso deles.

E foi por esta causa que o profeta Oséias, lamentou ver, o seu povo ser destruído. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Os-4:6) (Qualquer pessoa com pouca informação desta data, certamente irá pensar que faltava da parte dos governantes, investimento na área do ensino). Parece correto esta afirmativa; visto que em nosso tempo, não é diferente, pelo menos em nossa terra chamada Brasil. “Porém, seria este, o verdadeiro motivo para a falta de conhecimento daquele povo?”. Por certo que não. Pelo menos, não é deste conhecimento que estamos falando; mas, sim, de conhecer e praticar as leis de Deus; as quais eram constitucionais para nação de Israel. Descumpri-las, não só desmereciam as benções, como também quebravam a aliança com o Senhor. Vindo a seguir toda sorte de infortúnios e desgraças. Tais como: Guerras, enfermidades, fome e pestilências. E, principalmente a morte espiritual. (Os-4:1-5)

 O profeta Oséias viveu em um período em que a nação de Israel resistia à vontade de Deus, cometendo todo tipo de pecado, que o entristecia muito. Mas, o que mais desagradava o Senhor, era o descaso que eles faziam da sua palavra; preferindo as revelações provindas dos falsos profetas e adivinhos, rejeitando assim a palavra de Deus e o seu conhecimento. (Os-4:7-13)

A bíblia diz que, quando muda o sacerdote muda também a lei. (Hb-7:12 ).   A lei efetivamente foi mudada. Porém, a ignorância do povo, não. Temos comprovado em nossos dias, chamo “hoje”, que nada ou quase nada tem mudado desde os dias do profeta Oséias. Temos comprovado nos nossos dias mesmo estando em outra dispensação e gozando de melhores promessas; que em termos de conhecimento da verdade, pouco ou nada mudou; visto a ignorância Bíblica do nosso povo; diz alguns historiadores que, nunca houve um tempo com maior analfabetismo bíblico, como o nosso. Poucos conseguem responder com mansidão, a quem lhes perguntar a razão da vossa esperança. Como diz o apostolo Pedro em 1Pe-3:15. 

O apóstolo Paulo profetizou a Timóteo seu filho na fé, que chegaria tempo difíceis. “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega-a a palavra, insta que seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (2Tm-4:1-4)

Esta verdade está comprovada no comportamento dos evangélicos em nossos dias, diante da  rejeição aos cultos de estudo Bíblicos, e a preferência  aos cultos de campanhas de benção, avivamentos, shows gospel e outras novidades; visto que para isso, o nosso povo é bem criativo.  Mas, o que tem me chamado à tensão, não é simplesmente o desinteresse do crente pelo estudo das Escrituras. Mas, sim, a má qualidade destes ensinos. Tenho verificado a composição de algumas grades do ensino teológico ministradas pelos seminários, dentro ou fora das Igrejas; pude entender através delas, o porquê de tanto desinteresse do nosso povo.

(Amados, com todo respeito aos que é devido; porque certamente ainda existem homens idôneos e compromissados com Deus e sua palavra). Mas, é lamentável, o nível de qualidade dos nossos seminários chega ser tão ruim, quanto ruim é o nível do nosso ensino secular. Sei que a comparação pode ser meio esdrúxula, porem, tratando-se de estudo, ainda que o conteúdo seja diferente, quanto diferente são os objetivos. Disse o apostolo Paulo que a dedicação deve ser a mesma. (Rm-12:7 –Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo).



Infelizmente, não é o que temos visto por aí. O que temos visto e ouvido, tem nos preocupado, e muito. Porque não se resume apenas a um povo desinformado da verdade ou desinteressado dela. Mas, o pior é ver que as lideranças não discernem a verdade ou não tem interesse de trazê-la a conhecimento do povo. E por falta do conhecimento o povo perece, disse o profeta Oséias.

Outro agravante também tem paralelo com o tempo do profeta Oséias, disse o Senhor através dele: (Os-4:7 – Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha). Hoje o povo de confissão cristã evangélica tem tido um crescimento notável; mas, a “multiplicação” tem sido de baixa qualidade, a fé da maioria destes, está fora dos padrões Bíblicos desejados pelo Senhor.

Um povo que pouco lê, se lê mais não estuda, estuda, mais não medita. Portanto, nada, ou quase nada, podem discernir da verdade. Ou, seja, são incapazes de discernir corretamente o que diz as Escrituras. (Hb-5:11-14)
Também, isto não é novo, visto que os discípulos do Senhor Jesus, nos tempos apostólicos, também tinham esta dificuldade de entender os seus sermões, porque não tinha conhecimento das escrituras. Conforme - Mc-4:10-13–Mt-16:21-23 –Jo-14:1-11).
Exemplo disto é o relato dos discípulos no caminho de Emaús.
E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (Lc-24:25-27).


Testemunho: Certa feita estava eu conversando com uma irmã em Cristo, uma excelente profissional na área da advocacia trabalhista. Falávamos de muitas coisas, e principalmente, das causas do Senhor; quando de repente; ela fez algumas referencia da sua forma de crer. Dizendo: Lá em casa é assim: quando tem alguém doente, levo logo na igreja “Tal”, onde tem uma campanha de cura e libertação, o pastor faz a oração da fé,  e coloca um “salzinho ungido” na cabeça do doente, e logo fica curado. Mas, quando o assunto é problema com dinheiro ou amarração nos negócios, eu levo na campanha dos Trezentos e Dezoito. Coloco tudo no altar, e a vitória é certa. Mas, o que verdadeiramente me assustou, foi a ultima declaração feito por ela. Ela disse: O que eu acho mais engraçado é que os “espíritos - santinhos” são todos iguais, em todas as igrejas eles falam as mesmas coisas. (Mt-22:29).

Bem, tratando-se de fé, eu achei até razoável o seu proceder.  Visto que milagres podem ser realizados em quase todas as religiões que professam fé espiritualizada. E, é nesse sentido, é que os falsos profetas tem conseguido sucesso no meio deste povo ignorante espiritual. Pois, a ignorância espiritual, independe da formação cultural ou acadêmica de uma pessoa.


A razão da fé de uma pessoa tem que obrigatoriamente passar pelo âmbito do conhecimento. Sem levar em conta qualquer formação acadêmica ou teológica, temos notado que, a fé no âmbito evangélico é muito superficial independente do nível social e cultural de cada pessoa. Em termos Bíblicos, o que prova que uma pessoa é verdadeiramente Cristã, não é quanto ele pode crer, mas, sim, o quanto ele pode discernir de suas verdades. Seja no âmbito histórico, nos atos proféticos e nas questões didáticas; (Leis e Doutrinas), sendo capaz de discernir corretamente os seus significados, através de tipologias, símbolos e figuras de linguagens. 

Temos visto homens de Deus, bem-intencionados com a verdade, porém, cometendo erros graves na hermenêutica de textos; por não levarem em conta as figuras de linguagem inseridas neles. Porém, precisamos levar em conta, que o conhecimento de Deus não se resume em informação ou conhecimento acadêmico, seja ele Teológico ou filosófico; o conhecimento de vem per certo diretamente das Sagradas Escrituras, através do estudo racional, da  meditação devocional e principalmente pela iluminação do Espírito Santo a cada um que vier a se dedicar a Santa palavra. (Dt-29:29 -2Tm-3:16,17).

A voz do profeta Oséias continua ecoando em nossos ouvidos: O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Os-4:6)

Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 19/06/2014



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Bondade de Deus!!!






O Salmista do Salmo -136, em um hino de gratidão, faz uma grandiosa aclamação à bondade de Deus. “Daí graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre”.


O Salmista narra todos os grandes feitos do Senhor, desde a criação do universo até a libertação do seu povo do cativeiro do Egito. Sitando com detalhes, a forma miraculosa a qual o Senhor manifestou o seu poder através de sinais e prodígios, abrindo o mar vermelho e conduzindo o povo pelo deserto, levando-os a terra prometida, após destruir os reis da terra; dando-lhes a posse da terra que manava leite e mel.

Este Salmo contem Vinte e Seis versículos, e do primeiro ao derradeiro, podemos ouvir a uma só voz, uma só exclamação “Daí graças ao Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre”.

Porém, será que em todo tempo os salmistas tinham esta mesma visão da bondade de Deus?

Até quando Deus é Bom?

O livro de Salmos é o maior livro da Bíblia, ele é classificado como sendo um livro de textos poéticos; porém, em seus 150 capítulos, podemos encontrar, vários estilos de narrativas: Encontramos os cânticos, as orações, as exaltações ao Senhor Deus pelos seus grandes feitos, as profecias Messiânicas, momentos históricos de Israel, suas conquistas e seus fracassos. Mas, também, encontramos narrativas da vida pessoal dos próprios salmistas. Visto isto; podemos dizer, que, o livro de Salmos é por sua vez: Poético, Histórico, Profético e Biográfico.

Como biografia, quero destacar a vida do Salmista Asafe. Asafe era um grande salmista. Quando Salomão foi inaugurar o grande templo, dois grandes regentes foram convocados para reger o coral, um deles foi o salmista Asafe, que foi indicado pelo   rei Davi como ministros de louvor da casa do Senhor. (1Cr-6:31-40 -1Cr-15:17-19 -1Cr-16:5,7,37 – 2Cr-35:15). Ele liderou os louvores, juntamente com outros levitas, quando o grande Templo foi consagrado pelo rei Salomão. (2Cr-5:12). Porém, sua influência musical estendeu-se muito além do serviço do Templo, até o livro de cânticos dos judeus, onde permaneceu por todos os tempos. Seu nome é encontrado no titulo de doze salmos, para indicar que provavelmente são parte de uma cantata composta por ele, ou em memória dele. (Sl-50; Sl-73 a 83). Este salmista nos dias chamado hoje, neste evangelho Gospel em que vivemos, onde ser levita significa invariavelmente, ser um musico profissional. Certamente seria famoso, bem sucedido e muito rico.

Porém, quando lemos o Salmo -73, somos surpreendidos com uma narrativa, que com certeza, não foi feita por um homem de sucesso, mas, sim, por um homem que a despeito de ter uma vida de comunhão com Deus, e estando em pleno exercício da obra da casa do Senhor; teve um momento de fraqueza espiritual. E nesta fraqueza, desviou os olhos da presença do Senhor, e contemplou as riquezas indignas dos ímpios, e, as desejou para si. Exclamando! “Em verdade Deus é bom para Israel, para com aqueles de coração puro. Mas quanto a mim, meus pés por pouco tropeçaram; quase escorreguei. Pois invejei o arrogante, quando vi a prosperidade dos ímpios”.

Creio que Asafe estava vivenciando um momento de fraqueza muito comum aos seres humanos; a qual fez com que, ele, momentaneamente esquecesse das bençãos do Senhor e de sua grande benignidade para com os seus filhos; e mais ainda, todas as riquezas dos ímpios não superariam a vida em plena comunhão com Deus, como era o caso dos ministros do Senhor.(Dt-18:1-4). Pois o Senhor era a sua herança.    

E nós, como disse a apostolo Pedro: Que já provamos que Deus é bom. (1Pe-2:3). Será que em todo tempo ou em qualquer circunstancias, podemos confirmar a bondade de Deus? Será que também, podemos dizer: Daí graças a Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre, em qualquer situação?

O ser humano é falho, e sofre de um terrível mal em sua consciência: “Instinto de ingratidão”. Quase sempre, somos marcados pelo mal que merecidamente recebemos; e quase nunca pelo bem que desmerecidamente recebemos. Por esta razão, esquecemos tão facilmente do bem que nos tem feito o Senhor. (Exemplos de Jó-2:9, 10 – Lc-17:11-19). Temos uma tendência de focar em alguns supostos fracassos, como se eles fossem a base da nossa existência. Lamentamos tudo o que perdemos, seja bens materiais, oportunidades, saúde e principalmente os nossos antiqueridos, quando eles são tirados de nos, como se de fato eles nos pertencessem.

Até quando Deus é Bom?

**Quero relatar uma experiência contada por um Pastor muito conhecido em nosso meio. Em uma de suas maravilhosas ministrações da palavra de Deus, disse ele que em sua igreja, havia uma família com uma filhinha de Cinco anos, muito doente e sobre os cuidados médicos; vindo o pai a receber um diagnostico desfavorável, pediu ao pastor para orar pela sua filha, pediu também a muitos outros irmãos em Cristo, como é costume de todo crente. Persistindo a enfermidade, convocou toda a igreja em oração pela criança. Porém, nem os médicos puderam fazer nada, nem tão pouco as orações foram atendidas; vindo à menina falecer. Os pais então diante de tamanho sofrimento, solicitaram ao pastor para realizar a cerimônia fúnebre. 
Diz o amado pastor que ao chegar no cemitério, e ao entrar na capela lotada de parentes e amigos da família, ficou pasmo diante do olhar de todas aquelas pessoas, como se ele fosse o culpado daquela fatalidade. Saudou-as com a paz, mas não obteve resposta.  Um silencio acusador e mórbido pairava naquele lugar. Ele mesmo sendo um pastor experiente sentiu-se totalmente incapacitado para quebrar aquele silencio angustiante. Não havia palavras para se dizer naquela hora, ainda que todos esperasse dele uma resposta convincente para aquele fato trágico. Dizer o que, quando não se tem o que dizer, como explicar o que não aceitamos e não compreendemos.
Aproximou-se do caixão da pequena menina, olhou para aquela face tão angelical, e, uma angustia veio ao seu coração, e sem querer, uma pergunta surgiu dento do seu peito; e sem palavras ele disse: Deus não podia ter curado esta menina, Será que entre nós não havia nenhum justo diante dos olhos do Senhor? (Tg-5:13-16).

Olhou de novo para aquelas pessoas, e, viu perplexidade em seus olhos, e ele pode ouvir o coração delas dizendo: É, verdade: Deus é muito mal, Ele bem que podia salvar a menina inocente, e não salvou! Viu nelas uma expressão de reprovação, quase que não reconhecia mais aquelas pessoas, que antes daquele fato trágico, amavam tanto ao Senhor e confessavam a sua bondade. Porém, agora, discordavam de tudo o que antes acreditavam e confessavam. Porque Ele não salvou aquela pequena menina, porque Ele não ouviu as nossas orações, Ele não é bom?


Sabemos que a vida pertence a Deus, mas, poucos podem glorificar a Deus como glorificou, quando Deus permitiu a Satanás, que em um só dia ceifasse todos os seus Dez filhos (matasse) e dizimasse todos os seus bens o deixando em plena miséria, sem falar da enfermidade que foi lançada sobre ele, para ver até onde ele iria suportar. (Jó-1:13-19 –Jó-2:4-9).  Mesmo assim, ele bradou em alta voz: Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu sai do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!

Diz o amado pastor, que, ao terminar aquele ato fúnebre, ainda tomado de muitas duvidas e tamanha tristeza; derrepente o celular toca, insistentemente, ele atende, e do outro lado da linha, estava outro pai, porém, desta feita, muito alegre, bradando em alta voz: Deus é maravilhoso, pastor,  Deus é Maravilhoso! Aleluia, Glória Deus!

Ele, o pastor, sem saber de fato qual o motivo de tanta alegria daquele irmão. Perguntou atônito e curioso: Irmão porque tanta alegria? No que ele lhe respondeu: Pastor meu filho acabou de nascer! O senhor não estava sabendo, que o parto era de risco. Segundo os médicos, seria a criança ou a mãe; pastor, é como o senhor tem nos ensinado, quem tem a ultima palavra e o nosso Deus. E Ele é maravilhoso, salvou o meu filho e também a minha amada esposa. Aleluias! "Daí glórias a Deus, porque Ele é bom e sua misericórdia dura para sempre". 
Até quando Deus é Bom?

A dificuldade que temos de reconhecer a bondade de Deus, é porque, só há vemos de fato nas coisas que nos satisfaz, quando os nossos desejos são satisfeitos, quando atingimos os nossos objetivos. Mas, quase sempre, que sofremos alguma perda, rapidamente fechamos o nosso ingrato coração para os feitos do Senhor em nossas vidas.

Precisamos aprender com o justo Jó e o  Salmista Davi, que a despeito de qualquer coisa que venha acontecer ou nos faltar, Deus é tudo em nossas vidas.

Davi, no Salmo-103, faz uma minuciosa declaração de reconhecimento da bondade de Deus em sua vida e na vida daqueles que o temem.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.

Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. (vs-1-5).

Este salmo é composto de vinte e dois versículos, todos declaram a forma maravilhosa e misericordiosa em que o Senhor cuida dos seus, daqueles que o temem e guardam os seus estatutos.(Vs-17,18).

O Salmista encerra fazendo uma aclamação a todos os seres criados para que reconheça a soberania do Senhor e a sua benignidade para com os seus filhos.(Vs-19-22).

Nos céus, estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.

Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.

Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade.

Bendizei ao Senhor, vós, todos as suas obras, em todos os lugares do seu domínio.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor.

Postado pelo Pr. Fábio Scofield em 13/02/2013

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Grandeza de Deus, diante da fragilidade Humana



Porque assim diz o Alto e Sublime, que habita eternamente, cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o humilde e quebrantado.

Porque não contenderei para sempre, nem me irritarei perpetuamente, porque o espírito diante de mim desfaleceria, e os seres que eu criei.


Pelo pecado de sua cobiça me indignei, e o feri, e me ocultei irritado; contudo, perversamente seguiu o caminho de seu coração.


Eu vejo seus caminhos, e o sararei, e o conduzirei, e restaurarei para ele a consolação, e aos que fazem luto por ele.


Eu crio os frutos dos lábios, paz, paz para o que está longe, e ao que está perto, diz o Senhor, e eu os curarei.


Mas os transgressores são como o mar agitado, porque não se pode acalmar, a suas águas, lançam de si lama e lodo.


Não há paz para os transgressores, diz meu Deus. (Is-57:15-21)

 A Bíblia narra com riquezas de detalhes o tempo da primeira criação, descrevendo como o Senhor Deus e Pai Celestial, criou todas as coisas existentes, e algumas, já não mais existentes entre nós.

Porém, encontramos uma saudosa narrativa em sua grandiosa criação.

A criação do homem; um ser feito a sua imagem e semelhança, ser este, que, o seu criador lhe reservou entre toda criação, um lugar especial, um jardim, onde havia tudo que lhe seria necessário para viver feliz, e na presença plena de seu criador e Pai, tendo com Ele um relacionamento perfeito, diz a Bíblia que eles se falavam na virada do dia. E lhe colocou como cabeça sobre todos os seres criados, dado-lhe plenos poderes, para possuir e dominar sobre tudo. Sabemos que tudo ia perfeito neste relacionamento entre o homem e Seu criador e Deus. Havia entre eles uma aliança. 1ª - A aliança edênica, que condicionou a vida do homem no estado da inocência. (Gn-1.28)

 Um acordo, com cláusulas restritas e punições irrevogáveis. Bem, nos sabemos que o homem não foi capaz de cumprir este acordo, e dele veio à queda, que chamamos de pecado “Transgressão da lei”, e pelo pecado, veio a quebra do relacionamento entre o homem e o seu criador.  Mesmo assim, Deus ainda propõe uma nova aliança. 2ª - A aliança  Adâmica, que condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a promessa dum redentor. (Gn-3:14-21)

O pecado aumentou, o homem se embruteceu se agigantou, e Deus determina destruir a sua criação; porém achou graça aos olhos de Noé, e lhe propões uma aliança. 3ª - A aliança com Noé, que estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a continuação da vida sobre o planeta terra. (Gn-9:1-17)
Noé e seus filhos, salvos da ira de Deus (O dilúvio), tomam posse da nova terra, porém, não foram capazes de cumprir os termos da sua aliança.  Por um tempo, Deus deixou a humanidade seguir o seu curso, mas, logo se voltou para os seus seres criados. E em Uz dos Caldeus, na Mesopotâmia; encontrou um homem por nome Abrão, lhe fez uma promessa seguida de uma aliança. 4ª A  aliança com Abraão, que daria início à nação israelita e concede-lhe a terra da Palestina. (Gn-12:1-9 – Gn-15:12-21). Abraão cumpriu fielmente a sua aliança, o Senhor confirmou a seu filho Isaque e a seu neto Jacó; e cumprindo a primeira parte desta aliança através de Moisés. Fazendo com ele também uma aliança. 5ª - A aliança com Moisés, que condena todos os homens “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Rm-3:23 – Êx-19:1-25). Após o povo hebreu ter sido libertado da escravidão do Egito. Deus faz uma aliança com eles. 6ª - A aliança palestina, que assegura a restauração e a conversão final de Israel. (Lv-26:1-46 - Dt-28:1-68 – Dt-29:1-29 a Dt-30:1-29). Esta aliança foi quebrada varias vezes, mas, no decorrer deste período de infidelidades, Deus encontrou um homem segundo o Seu coração, e com ele o Senhor fez uma aliança, pela qual o Senhor Jesus Cristo terá que mais uma vez deixar o seu trono de glória nos altos seus, para vir restaurar a Nação de Israel e reinar com eles por Mil Anos. 7ª - A aliança com Davi, que promessa que se cumprirá em Cristo, o “Filho de Davi”. (2Sm-7:16 – 1Cr-17:7 – Sl-89:27 – Lc-1:32, 33). Por ultimo, temos a aliança da Graça, com o propósito de salvar todos aqueles que crer em Jesus Cristo como Filho de Deus, Senhor das suas vidas e salvador das suas almas.

8ª - A Nova Aliança, que assegura a transformação espiritual de Israel e de todos que crêem em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus. (Jr-30:1-24 – Jr-31:1-40 – Lc-1:67-80)

Se observarmos as Escrituras Sagradas de Gênesis a Apocalipses, encontraremos muitas histórias, muitos personagens, muitos feitos de Deus, muitas quedas dos homens. Porém, o mais importante em tudo isso, não é a história que a Bíblia relata entre Deus e os homens. Mais, sim, o grande amor de Deus revelado em Cristo Jesus, com o propósito de  libertar o homem dos seus pecados e livrá-lo da condenação eterna. (Jo-3:16-21 – Rm-5:1-21 – 1Tm-2:1-6 –Tt-2:11-15)


Deus sempre teve em mente um propósito definido, que é o Seu plano da redenção dos homens. Ele prepara um glorioso destino para Seu povo redimido, tanto na terra como no céu. Esse propósito se concretizará com o segundo advento do Redentor, que reinará sobre o mundo em justiça. Depois de ter assim regido o mundo, durante 1000 anos, entregará o reino nas mãos do Pai. Então será estabelecido um novo céu e uma nova terra, na qual habitará  a justiça para sempre. Então, Deus será supremo senhor de todo o universo. (1Co-15:58 – 2Pe-3:1-13 – Ap-21:1-27).    Amém!!!

Postado pelo Pr. J. Fábio Scofield em 25/06/2012